Independente da área que estamos atuando ou pensando em atuar, o conhecimento do básico da rede é muito importante, porque ele vai fundamentar várias ações e vários trabalhos que você está desenvolvendo.
Entender como uma máquina se comunica com a outra, como é essa questão de roteamento, de resolução de nome, de como alcançamos uma máquina em outra rede, o que tem no meio do caminho... Esse tipo de detalhe é bem legal para que você possa ampliar os teus conhecimentos e logicamente avançar na área que você escolheu para trabalhar.
E essa é a proposta desse curso. Veremos alguns conceitos de rede, na prática, sempre mexendo no console para poder extrair o máximo desse aprendizado. Eu sou o Ricardo Merces e quero te dar boas-vindas a mais esse curso.
“Ricardo, para começarmos o curso o que vou precisar? Precisa de algum recurso especial?”. A ideia é um terminal para você executar os comandos. Vou executar esse terminal de Linux, que para mim é muito mais confortável, mas você pode utilizar o Windows também.
Para não ficar chato de toda hora falar "assim faz no Linux e assim faz no Windows", em determinados momentos eu vou comentar e replicar qual é o comando que você vai utilizar no Windows.
Se puder já utilizar máquina Linux, é legal que você já aprende essa parte de rede e já aumenta o teu conhecimento dentro do Linux. "Ricardo como eu arranjo uma máquina Linux?". Tem um curso fresco na plataforma que é o Onboarding Linux, na mesma temática que esse curso na rede Onboarding — ingresso no ambiente.
Logo no primeiro capítulo, vou te ensinar a instalar uma máquina virtual, te ensinar a rodar o Linux, comando básicos. Tem toda essa explicação lá. Eu vou abrir um terminal para começarmos a trabalhar.
A ideia já de início é o seguinte: você já deve ter visto algum desenho ou esquemático de rede, com um monte de nomenclatura e você está trabalhando como dev, ou provisionando um ambiente, e fica ainda muito na dúvida de como uma máquina vai conversar com a outra, como elas se falam. VLANs, redes diferentes, temos uma rede local, uma rede estendida na nuvem... Como essa coisa toda funciona?
Dentro desse desenho muito simples, até para nivelar inicialmente, separei alguns componentes básicos. Lógico que não é um desenho de alto nível, no sentido de ter um monte de coisa que não aparece no desenho de propósito, mas é só para entender os componentes básicos para darmos um start.
O diagrama no vídeo tem um pequeno erro: o roteador não se conecta ao servidor e, sim, ao switch. O switch, por sua vez, se conectará com os servidores. O tutor Ricardo faz a correção no início do próximo vídeo. A imagem a seguir já está corrigida.
Eu tenho essa pequena rede desenhada da seguinte maneira. Imagina que seja uma LAN de uma pequena empresa, e nessa rede da empresa eu tenha um switch corporativo para atender todos os meus clientes, ou seja, os departamentos estão conectados nesse switch, e logicamente cada departamento teria o seu switch e seus clientes conectados.
Então, a ideia é essa. Pode tanto aumentar como reduzir para ter um cenário bem menor. E do outro lado teríamos um outro switch, e nele temos vários servidores conectados.
O que quero te mostrar e alertar nesse primeiro desenho é essa segmentação que você encontrará em muitos lugares, que é até uma recomendação. Temos uma rede com os servidores, temos uma rede com os desktops e no final estabelecemos quem pode conversar com quem.
Pulando a parte dos clientes e servidores, na sequência essas partes caminham pelo roteador. E o roteador é o elemento de rede responsável por receber uma requisição e saber para quem encaminhar. O cliente A endereçou um pacote para o servidor Y, essa requisição chega no roteador e ele saberá fazer o encaminhamento dos pacotes.
Então, de uma forma muito simples, é assim que acontece. E saindo do cenário mais interno e caminhando para um cenário externo, simbolizado pela nuvem escrito “Internet”, temos alguns outros elementos. Na verdade, aparecem muitos mais na rede real, mas coloquei simples no desenho para te ajudar no início.
Eu botei a figura de um firewall para fazer todo esse controle de acesso de quem pode sair e ir para internet, bem como quem da internet pode vir para dentro da sua rede. Diferente do papel do roteador que tudo que chega, ele faz o encaminhamento de um lado para o outro, o firewall já é ao contrário.
Tudo que chega no firewall por default, por via de regra, ele vai rejeitar. Ele só deixará que uma comunicação seja estabelecida do ponto A com o ponto B se for explicitamente configurada dentro das suas regras. Então, nesse pequeno desenho já temos dois elementos de rede com funcionamentos totalmente opostos. O roteador passa tudo e o firewall não passa nada. O firewall vai passar aquilo que você especificar para ele.
Depois do firewall tenho um outro roteador para simbolizar uma borda, um perímetro de internet, a partir da qual fazemos a comunicação com o mundo externo. Esse desenho bem simples é um apanhado de um outro desenho mais complicado. Vamos olhar?
Esse é mais complicado, por isso fizemos aquela simplificação. Mas, não nos prendendo aos nomes, temos aqui, por exemplo, a rede de um provedor de nuvem, nesse caso a AWS. Nesse desenho da AWS, temos máquinas como servidores, temos outras máquinas, que no caso são os servidores database. Não importa o que está em cada lugar. O que importa é entendermos nesse primeiro momento uma segmentação, assim como no desenho anterior que te mostrei.
Temos, em uma rede, alguns servidores; em outra rede, outros servidores. Entre eles tem um roteador e depois do roteador temos um internet gateway ou firewall. Seja lá o que for, vamos ter um controle de acesso e saída para falar com o mundo externo.
Então, é a mesma coisa, mas com mais detalhes, um desenho praticado dentro de um provedor. Nesse momento, é entender esses componentes principais sem ficar muito preso aos nomes. E um cenário para começarmos a trabalhar. Na sequência, vamos começar a levantar as informações, vamos dar os primeiros comandos para continuarmos.
Vamos começar a buscar as informações. Já entendemos que a rede tem vários elementos, até chegar na internet vamos passar por dentro de alguns equipamentos. Mas o principal, o básico é o seguinte: Qual é o IP da minha máquina? É a primeira pergunta para começarmos a transitar nesse meio.
E como vou ver o IP da máquina? A propósito, fiz uma pequena correção no desenho. A linha que ligava o roteador ao servidor agora liga ao switch que é o correto. Mas para o entendimento não irá afetar nada.
Imagine que estou em uma máquina e tenho um switch na minha rede e sou um dos clientes conectado. Estou na minha máquina e começamos pelo seguinte: "Qual é o meu IP? Como se faz isso?" A galera mais antiga já deve ter visto esse comando ifconfig
, que dá esse status de saída.
Você pode perguntar: "Não, Ricardo. Aqui no Windows, eu não uso ifconfig
. Uso ipconfig
". Exatamente, no Windows ao invés de ser ifconfig
, é ipconfig
. Você vai obter uma saída com essas informações.
O ifconfig
é um comando mais antigo, não que ele tenha sido eliminado, mas agora ele foi substituído por uma outra suite de comandos que dão mais informações. Para essa suite de comandos temos o IP e queremos visualizar o endereço. Escrevo ip addr
.
[01:46] Já mostrou outras coisas. Eu particularmente acabo achando mais confuso, mas enfim. Vamos usar o comando mais atual, até para você aprender sempre com o que está mais novo dentro da tecnologia.
ip addr
. Ele mostrou várias informações. O que é legal e você precisa saber? lo
, essa interface de loopback, ela mostra o endereço 127.0.0.1. Que interface é essa? Separei um descritivo: "Interface de loopback é uma interface de rede virtual que permite que um cliente e um servidor, no mesmo host, se comuniquem".
Isso é muito legal na hora que estamos desenvolvendo alguma coisa. É uma interface virtual, então imagine o seguinte cenário: queremos testar na máquina uma solução. Eu criei na minha máquina um servidor web e na mesma máquina vou acessar esse servidor.
Você já deve ter visto uma pessoa abrir no browser e testar localhost
, apertar o “Enter” e carregou o servidor web, que está rodando na própria máquina. Então, o localhost
vai apontar, por exemplo, para essa interface de loopback, que conceitualmente temos o endereço 127.0.0.1. Guarde essa palavra, é o endereço reservado com destino exclusivo para esta utilização.
E aqui já cabe um entendimento: 127.0.0.1 é um endereço que você só consegue acessar na sua máquina. Eu não consigo chegar no 127.0.0.1 da sua máquina. Esse endereço não é roteado. Só irá funcionar dentro da sua estação, do seu servidor. Sua irá funcionar localmente. Isso é um fato legal, até para você começar a entender como as coisas funcionam.
Esse é o endereço de loopback, que ele precisa ter. E eu tenho uma interface de rede eth0
. As interfaces 1 e 2 vamos descartar, pois para o tipo da máquina que estou usando não são relevantes.
eth0
, essa efetivamente é a minha interface de rede. E dentro dessas máquinas virtuais que estou utilizando, ela recebeu o endereço 172.17.0.2. É o meu endereço. Poderia ser 192 ou 10. Poderia ser um IP público. E vamos falar mais disso ao longo do curso. Não importa. O que importa é que tenho um endereço atribuído a minha interface.
Além dessas informações, você pode ver que tenho um /16
e um endereço de broadcast. Que parâmetros são esses? Como isso compõe dentro do meu endereço? O que isso significa? No próximo vídeo, começamos a detalhar isso melhor.
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