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O modelo remoto ganhou espaço no mercado de trabalho de forma muito rápida após a pandemia do Covid-19. E a verdade é que esse formato conquistou, principalmente, as pessoas profissionais de tecnologia. Afinal, o trabalho remoto oferece maior flexibilidade. Além disso, ele também gera possibilidades antes difíceis, como, por exemplo, morar em uma região do país e trabalhar em outra.
No entanto, a adaptação do modelo presencial para o remoto não é tão simples assim. A distância física exigiu das empresas (e das lideranças) um novo posicionamento.
Nesse contexto, surgiram diversas questões: como manter uma comunicação clara e transparente nesse formato? Como engajar pessoas quando não as vemos todos os dias? Como evitar a fadiga do ambiente virtual?
O e-leadership é um modelo de liderança adaptado ao formato online que tenta solucionar essas questões. Seu principal desafio é entender qual a função e as necessidades da liderança no cenário remoto.
O objetivo deste artigo, então, é explicar tudo o que você precisa saber sobre o e-leadership: o que é, quais os pilares, como funciona e quais os benefícios de aplicá-lo na sua empresa.
O e-leadership é um modelo de liderança que atende às tendências do mercado de trabalho em ambiente online.
Em outras palavras, é um tipo de liderança que utiliza as soluções tecnológicas para fazer a gestão de pessoas de seu time.
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Há quem diga que, mesmo antes da pandemia do Covid-19, a mudança dos escritórios presenciais para o ambiente virtual já estava anunciada.
Isso porque, segundo a pesquisa da revista Exame, em 2019, os millennials já ocupavam mais de 50% dos postos de trabalho no Brasil. E devido à grande familiaridade que têm com a tecnologia, as pessoas consideradas millennials são as pioneiras a testarem novidades tecnológicas.
Sendo assim, tudo indica que também seriam as primeiras a explorar a aplicação dessas soluções também no trabalho.
De todo modo, não dá para descartar que a pandemia do Covid-19 pelo menos acelerou todo esse processo. Afinal, o isolamento social exigiu que as pessoas trabalhassem de casa. Em decorrência disso, surgiram muitas novas demandas tecnológicas para a gestão de pessoas.
No final das contas, o objetivo central do e-leadership é, portanto, promover relações de trabalho mais leves, menos hierarquizadas e mais flexíveis diante desse contexto.
O termo “leadership”, em inglês, pode ser traduzido para o português como “liderança”. Refere-se à capacidade de liderar, guiar e influenciar um grupo de pessoas para alcançar objetivos comuns. Para entender melhor a construção semântica do termo, ele é formado por:
Portanto, a liderança refere-se à qualidade ou condição de ser um (a) líder. Dessa forma, “E-leadership” pode ser traduzido como “e-liderança”, ou seja, “liderança eletrônica” ou “liderança digital”. Refere-se à capacidade de liderar equipes de forma eficaz em ambientes virtuais, como equipes remotas ou distribuídas que utilizam tecnologias eletrônicas para se comunicar e colaborar.
A liderança é uma skill para a condução de projetos, pessoas e motivações para o alcance dos objetivos da empresa.
Muito diferente de apenas ser “chefe” ou de impor decisões, a liderança exige escuta e observação, exige manejo e visão crítica para que todos os lados possam caminhar em conjunto rumo a direcionamentos gerais.
Mas o que faz uma boa liderança?
Segundo Marcus Buckingham, a diferença entre uma liderança eficaz e uma liderança mediana é a visão do que é único em sua equipe. E juntando ao que Daniel Goleman aborda, podemos dizer que está em visualizar o que é único nas pessoas para direcioná-las aos resultados desejados.
“Gestores medianos jogam damas, enquanto grandes gestores jogam xadrez. A diferença? No jogo de damas, todas as peças são equivalentes e se movem da mesma maneira; são intercambiáveis. Você precisa planejar e coordenar seus movimentos, certamente, mas todas se movem pelos mesmos caminhos paralelos. No xadrez, cada tipo de peça se move de modo diferente, e você não conseguirá jogar se não souber como é o movimento de cada peça. Mais importante, você não ganhará o jogo se não pensar cuidadosamente como mover as peças.” (Marcus Buckingham)
E como fazer isso diante de novos modelos de operação, modelos que consideram a transformação digital das empresas?
Assim, os pilares do e-leadership são os seguintes:
A tecnologia é o pilar central do e-leadership e sustenta todos os demais. É a partir das soluções tecnológicas que esse tipo de liderança se desenvolve.
Então, a gestão de pessoas a partir do e-leadership utiliza diversos softwares e sistemas para otimizar a rotina das pessoas colaboradoras e potencializar os resultados da empresa.
Toda a dinâmica do trabalho funciona a partir de relações de confiança e de colaboração. As lideranças devem ter plena confiança em suas pessoas lideradas e vice-versa.
Nessas condições, o ambiente de trabalho deve partir da premissa de que todas as pessoas devem falar, ouvir e opinar sobre os assuntos.
Cria-se, a partir disso, um ambiente de colaboração e participação entre todas as pessoas.
Outro ponto fundamental é a flexibilidade no trabalho e a busca pelo equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal.
Isso significa que as pessoas podem escolher trabalhar em horários em que são mais produtivas e podem sair do trabalho para resolver problemas pessoais sem grandes burocracias.
Nesse ponto, o foco da preocupação da empresa é nas entregas e nos resultados do trabalho, não no tempo de trabalho em si.
Por fim, o último pilar do e-leadership é a comunicação: que deve ser fluída, apesar de qualquer distância geográfica.
Esse é um grande desafio do trabalho remoto (e do modelo de e-leadership). As pessoas devem dialogar e alinhar as tarefas mesmo separadas por um computador.
Da mesma forma, as lideranças devem manter todo time engajado e motivado, mesmo que as pessoas nunca tenham se encontrado presencialmente.
Como você já sabe, o ponto essencial do modelo de e-leadership é o uso de tecnologia para planejar e executar toda gestão de pessoas.
Além disso, as relações de trabalho no modelo de e-leadership devem atender às demandas das tendências do mercado. Ou seja, devem ser mais flexíveis, mais criativas e menos engessadas.
Assim, o modelo de e-leadership funciona a partir das seguintes características:
“60% dos problemas administrativos resultam da ineficácia da comunicação”, já dizia Peter Drucker.
Dessa forma, a comunicação entre lideranças e pessoas colaboradoras é um dos pontos fundamentais nas relações de trabalho.
No caso do trabalho remoto, o desafio para se comunicar de forma eficiente e assertiva é ainda maior.
A tecnologia é, portanto, a grande solução para essa questão. São as soluções tecnológicas (dos mais diversos softwares e sistemas) que definem como vai ser o padrão de comunicação empresarial.
A Leadership Communication compreende, portanto, habilidades e técnicas de comunicação humana e liderança para ter um alinhamento eficaz entre as pessoas.
Ou seja, é uma comunicação das lideranças que parte de relações de confiança e de autenticidade, para gerar mudanças positivas nas empresas.
Para isso, as lideranças precisam definir uma plataforma unificada de comunicação entre as pessoas colaboradoras e estabelecer um código de conduta para a utilização desses meios.
Além de pensar no formato da comunicação - virtual, síncrona ou assíncrona - a liderança precisa pensar em como se posicionar quando fala com seu time e com outras lideranças. Afinal, a comunicação é o que garantirá o alinhamento da equipe e, consequentemente, os resultados.
Primeiro, a pessoa que é líder deve se comunicar com clareza. Porém, é preciso também ser assertiva. Isto ajudará na criação de confiança com o time.
Segundo, quem atua como líder deve saber escutar e passar feedbacks.
Criar uma cultura de feedbacks na empresa é essencial. Contudo, é responsabilidade da liderança ajudar pessoas lideradas em seu desenvolvimento através dessa comunicação, além de alinhar expectativas.
A escuta ativa garante que a liderança considere as motivações e opiniões das pessoas envolvidas para tomar as decisões mais estratégicas.
Dentre tantos benefícios do e-leadership para empresa, os principais são:
Uma comunicação clara aliada à promoção do bem-estar das pessoas colaboradoras (especialmente a partir do respeito à individualidade e à autonomia de cada uma) é a receita certeira para criar o engajamento entre as pessoas mesmo à distância.
O modelo de e-leadership promove a motivação e o engajamento das pessoas colaboradoras a partir dessas características.
A relação de trabalho envolve muita tecnologia, mas pouquíssima burocracia e custos. Além do mais, oferece maior autonomia das pessoas colaboradoras, a partir de uma relação de confiança mútua.
A palavra mais comum do modelo de e-leadership é flexibilidade. No entanto, não é só a jornada de trabalho que é mais flexível, mas a gestão de pessoas também.
A gestão online permite relações de trabalho mais flexíveis, mas que não comprometem a produtividade das pessoas.
Para isso, a proposta central é adotar um sistema menos hierárquico e mais horizontal, em que existe mais descentralização dos processos e as pessoas têm mais autonomia para tomar decisões.
É por isso que autogestão e confiança acompanham a flexibilidade das relações. Não é possível construir uma sem as outras.
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Por fim, é importante reiterar o quanto a tecnologia é importante para facilitar a gestão de pessoas no e-leadership.
Mesmo sem a relação presencial, as lideranças podem acompanhar os dados e resultados e entender quais pontos as pessoas colaboradoras precisam se desenvolver.
Existem inúmeros desafios associados ao e-leadership, que podem exigir diversas habilidades de liderança, além de uma compreensão profunda das dinâmicas de trabalho em ambientes virtuais para serem superados. Confira a seguir, alguns dos principais desafios.
A comunicação em ambientes virtuais pode ser mais desafiadora devido à falta de comunicação não verbal e à possibilidade de mal-entendidos. Por isso, as lideranças precisam ser claras, concisas e utilizar diferentes canais de comunicação para se adaptar às particularidades das pessoas colaboradoras.
A confiança é essencial para qualquer equipe, mas pode ser mais difícil de estabelecer em um ambiente virtual. Dessa forma, as pessoas que atuam na liderança precisam criar um ambiente onde todas as pessoas membros da equipe se sintam seguras para compartilhar ideias, fazer perguntas e admitir erros.
Em ambientes virtuais, os membros da equipe podem estar em fusos horários diferentes e ter horários de trabalho flexíveis. Gerenciar o tempo de todos de forma eficaz e garantir a colaboração é um desafio.
Manter as colaboradoras e colaboradores da equipe motivados e engajados, pode ser mais difícil quando não há interações face a face. Com isso, cabe à liderança encontrar maneiras criativas de motivar a equipe e promover o senso de pertencimento.
Manter uma cultura organizacional coesa é desafiador em equipes virtuais. A liderança precisa trabalhar ativamente para promover os valores da empresa e garantir que todas as pessoas que fazem parte da equipe estejam alinhadas com esses valores, mesmo à distância.
Conflitos podem surgir em qualquer equipe, mas resolver disputas em um ambiente virtual pode ser ainda mais complicado. Por isso, é fundamental que as pessoas que atuam como líderes desenvolvam habilidades para resolver conflitos de forma eficaz, muitas vezes sem a vantagem da comunicação presencial.
Quem atua na liderança de uma empresa precisa se manter sempre a par das novas tecnologias para liderar equipes virtuais. Isso inclui habilidades em plataformas de colaboração online, ferramentas de gerenciamento de projetos e habilidades de segurança cibernética.
Em ambientes virtuais, a linha entre trabalho e vida pessoal pode se tornar tênue. Por essa razão, as lideranças precisam ser sensíveis ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal de quem faz parte da equipe para evitar o esgotamento e promover o bem-estar.
No ambiente digital, garantir a segurança das informações é fundamental. Dessa forma, as lideranças precisam estar cientes dos riscos de segurança cibernética e garantir que as políticas adequadas estejam em vigor para proteger os dados da empresa e de todas as pessoas que compõem os times.
Para se destacar como um bom líder ou uma boa líder no cenário remoto, é preciso desenvolver habilidades específicas para lidar com os desafios únicos apresentados por equipes virtuais e ambientes de trabalho online. Algumas habilidades necessárias para atuar na área de e-leadership são:
Pessoas que atuam como líderes ou chefes em uma empresa, têm papéis diferentes, embora estejam em posições de autoridade. Confira abaixo, algumas das principais diferenças entre líder e chefe.
Líderes
Chefes
Dessa forma, a principal diferença entre uma pessoa que é líder e uma que é chefe reside nas abordagens, atitudes e comportamentos em relação às pessoas que estão sob sua supervisão. Enquanto líderes inspiram e motivam, chefes pode simplesmente administrar e controlar.
Em um contexto de transformação digital e avanços tecnológicos, as empresas precisam se atualizar e se adaptar a essa realidade.
Além de influenciar no modelo de negócios e nos resultados financeiros, empresas tradicionais tendem a perder talentos e não conseguirem atrair e conquistar novos.
Assim, devem considerar implementar o modelo de e-leadership. Esses passos podem ajudar nesse percurso:
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