Migração para Cloud Computing: uma estratégia para a transformação digital

Em um cenário de constantes mudanças e avanços nos setores financeiro e tecnológico, o Banco Bradesco percebeu a necessidade imperativa de se alinhar a esse movimento e manter-se atualizado.

A instituição optou por aderir a soluções que promovessem maior eficiência operacional, aprimoramento da segurança e agilidade nos processos, buscando alcançar uma sólida vantagem competitiva. Isso resultou em sua migração para Cloud Computing.

No entanto, o banco compartilhou com o Hispters.Tech que enfrentou alguns obstáculos durante esse processo. Embora a migração para a nuvem fosse uma estratégia crucial para acompanhar as tendências e inovações no mercado financeiro, alguns desafios relacionados à cultura customer centric e à capacitação da equipe surgiram durante o percurso.

Ainda assim, os benefícios proporcionados pela adoção da computação em nuvem foram bastante significativos.

Pensando nisso, o objetivo deste artigo é abordar os aspectos envolvendo a migração para Cloud Computing e como os gestores de TI podem realizar esse processo de forma eficiente.

O que é Cloud Computing?

A computação em nuvem, ou Cloud Computing, é um conceito amplo que engloba serviços disponibilizados pela internet, divididos em três principais categorias:

• infraestrutura como serviço (IaaS);
• plataforma como serviço (PaaS);
• software como serviço (SaaS).

A nuvem pode assumir duas formas: pública ou privada. Na nuvem pública, os serviços estão disponíveis para qualquer pessoa na internet. Por outro lado, a nuvem privada trata-se de uma rede com acesso restrito a um número específico de pessoas e configurações particulares de acesso.

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A computação em nuvem tem como objetivo central fornecer acesso fácil e escalável a recursos de computação e serviços de TI, independentemente de ser pública ou privada. E por isso tem sido uma das grandes tendências de TI.

Para realizar a implementação adequada da computação em nuvem, é fundamental contar com componentes de hardware e software que constituem a infraestrutura da nuvem.

Tendências e inovações do mercado financeiro

O mercado financeiro atual está fortemente impulsionado pelas inovações e tendências tecnológicas, especialmente na área de cloud computing.

A migração para cloud computing oferece um ambiente flexível e escalável, essencial para processar grandes volumes de dados necessários para impulsionar essas tecnologias avançadas.

Ao integrar ferramentas analíticas com inteligência artificial na nuvem, as instituições financeiras ganham acesso a recursos poderosos de computação, permitindo a análise e interpretação de vastos conjuntos de dados em tempo real.

Além disso, a computação em nuvem possibilita dimensionar a infraestrutura conforme a demanda, tornando a manipulação de tarefas computacionais intensivas mais ágil e eficiente.

Contudo, é crucial entender completamente o funcionamento dos algoritmos e modelos de aprendizado de máquina utilizados na nuvem, evitando assim o chamado "efeito caixa preta".

A seleção criteriosa das entradas também se mostra como um aspecto crítico para assegurar resultados confiáveis e precisos.

A combinação das novas tecnologias disponíveis no mercado traz consigo análises mais sofisticadas e perspicazes no setor financeiro. A nuvem democratiza o acesso a recursos poderosos, permitindo que instituições e participantes do mercado alcancem tecnologias de ponta sem a necessidade de investir em infraestrutura própria.

Essa democratização viabiliza a criação de sistemas analíticos e financeiros altamente eficientes e personalizados, além de abrir portas para a realização de simulações complexas para testar e validar hipóteses em diversos cenários de investimento.

Cultura customer centric e desafios da cultura de tecnologia

Alinhar e manter uma cultura customer centric é um objetivo crucial para o sucesso de qualquer empresa no mercado atual. Entretanto, essa integração enfrenta desafios ao se mesclar com a cultura de tecnologia já existente na organização.

Um dos principais obstáculos é sincronizar a cultura customer centric com a cultura de tecnologia predominante, na qual a eficiência operacional e a inovação tecnológica são priorizadas.

Introduzir uma cultura customer centric pode parecer disruptivo, demandando revisões em processos, sistemas e prioridades.

Além disso, a adoção da cultura customer centric muitas vezes envolve uma mudança na mentalidade de toda a equipe, desde os colaboradores de linha de frente até a alta administração. Isso requer um esforço coletivo para deixar de lado o foco exclusivo na tecnologia e começar a priorizar as necessidades e expectativas dos clientes.

Outro desafio é garantir que a cultura de tecnologia efetivamente apoie a abordagem de clientecentrismo. Isso pode envolver a implementação de sistemas e plataformas tecnológicas que permitam a coleta e análise eficiente dos dados dos clientes.

Além disso, a equipe de tecnologia deve estar alinhada com os objetivos de negócio da empresa e empenhada em oferecer soluções tecnológicas que realmente atendam às necessidades dos consumidores.

A integração sinérgica entre a cultura customer centric e a cultura de tecnologia é essencial para impulsionar o sucesso da empresa. Contudo, é importante reconhecer que a transformação cultural é um processo gradual, demandando tempo, paciência e comprometimento contínuo de todos os envolvidos.

Quando a cultura customer centric é devidamente incorporada à cultura de tecnologia, as empresas colhem os benefícios de maior satisfação do cliente, fidelidade e diferenciação competitiva. Isso pode resultar em crescimento sustentável e de longo prazo no mercado.

Confira o quarto episódio do Deep Dive Bradesco para obter uma visão aprofundada de como o banco priorizou seus clientes nas decisões estratégicas de suas operações.

Personalização e decisão em tempo real

A tecnologia de cloud computing desempenha um papel fundamental para viabilizar a personalização e a tomada de decisões em tempo real no contexto da cultura customer centric.

A personalização é crucial para atender às necessidades e expectativas únicas de cada cliente. Com o auxílio da computação em nuvem, as empresas podem coletar e armazenar de forma centralizada e segura grandes volumes de dados sobre seus clientes.

Além disso, a decisão em tempo real é outro aspecto crucial para a cultura de clientecentrismo, e a tecnologia de cloud computing desempenha um papel relevante nesse sentido.

Com a capacidade de processar e analisar dados em tempo real, as empresas podem tomar decisões ágeis e informadas para atender às necessidades emergentes dos clientes.

As infraestruturas de cloud computing fornecem poder de processamento e capacidade de armazenamento escaláveis, essenciais para a tomada de decisões em tempo real, especialmente em situações de alto volume e demanda.

Essa tecnologia também permite a implantação rápida de novas soluções e recursos, acelerando a capacidade das empresas de responder a mudanças no mercado e nas preferências do cliente.

No terceiro episódio do Deep Dive Bradesco, você poderá conhecer as ações que o banco tem adotado para aprimorar o conhecimento através do uso de inteligência de dados, soluções completas de negócio e jornadas de excelência no mercado financeiro.

Nesse setor, a agilidade é um fator-chave para o sucesso, e o Bradesco tem buscado se destacar ao implementar estratégias inovadoras.

A busca contínua por melhorias e a adoção de novas tecnologias permitem que o banco se mantenha à frente da concorrência, oferecendo soluções eficientes e atendendo às necessidades dos clientes de maneira mais assertiva.

Por que migrar para a computação em nuvem

A migração para a nuvem proporciona à empresa maior acesso a dados, ferramentas de gerenciamento de dados e infraestrutura de TI simplificada e econômica. Além disso, há diversos outros benefícios significativos:

• Implantação mais rápida de aplicativos;
• Melhor segurança dos dados;
• Redução no impacto ambiental.

Empresas que possuem seus próprios servidores frequentemente enfrentam o problema de equipamentos subutilizados, o que resulta em desperdício de energia. No entanto, ao optar pela nuvem, a eficiência é maximizada, gerando economia de energia e uma redução expressiva nas emissões de carbono. Se aliando às práticas de ESG.

Segundo uma pesquisa feita pela Amazon em 2015, a adoção de serviços em nuvem pode diminuir o número de servidores em até 77%, reduzir o consumo de energia em 84% e as emissões de carbono em 88%.

Esses números ilustram como tornar os modelos de negócio mais sustentáveis pode ser vantajoso não só para as empresas, mas também para a sociedade e o meio ambiente.

Ao conferir o segundo episódio da Temporada Bradesco no Hipster.Tech, você descobrirá que a migração para a nuvem fortaleceu ainda mais a perspectiva do banco em relação à centralidade no cliente, aprimorando significativamente sua experiência.

A combinação desses aceleradores - nuvem e analytics avançado - os posicionou de forma a obter um profundo entendimento de seus clientes.

Como é o processo de migração para Cloud Computing

O processo de "migração para a nuvem" envolve a transformação do gerenciamento tradicional de dados e aplicativos, transferindo-os para um ambiente de nuvem.

Isso permite que a empresa acesse seus dados e aplicativos de qualquer lugar, eliminando a dependência de servidores e computadores locais.

As principais plataformas de nuvem, como Amazon Web Services (AWS) e Microsoft Azure, oferecem suporte para esse tipo de migração, disponibilizando guias e recursos para facilitar o processo.

Após concluir a migração, a equipe precisa ser treinada na nova plataforma. Nesse sentido, as Plataformas de Adoção Digital (DAPs) podem ser empregadas. Essas plataformas consolidam recursos e tornam a transição mais suave e eficiente, facilitando a adaptação à nova realidade da nuvem.

Existem diferentes métodos de migração para cloud computing, escolhidos com base nas necessidades da empresa:

• Rehosting (Lift-and-Shift): Método rápido de migração, copiando tudo diretamente para a nuvem, mas pode não aproveitar todos os seus recursos.
• Replatforming: Semelhante ao rehosting, mas otimiza aplicativos para um banco de dados relacional na nuvem, e apesar de mais rápido requer uma etapa extra.
• Refatoração: Reconstrução completa de aplicativos na nuvem, permitindo acesso a recursos avançados e melhor eficiência operacional.
• Modelo Híbrido (Retenção): Alguns aplicativos migram para a nuvem, enquanto outros permanecem no ambiente local, combinando armazenamento e computação tradicional e em nuvem.

Quais os desafios da migração para cloud computing

Um dos principais desafios da migração para a nuvem é a possibilidade de exceder cronogramas e orçamentos previamente estabelecidos. Isso pode ocorrer devido a diversos motivos, sendo alguns dos mais comuns os seguintes:

1. Desvio de complexidade e escopo: O ambiente de nuvem é complexo, o que pode aumentar o escopo do projeto, levando a atrasos e custos excessivos.
2. Planejamento e habilidades essenciais: Uma estratégia clara de migração e habilidades adequadas são fundamentais para evitar erros, tempo de inatividade e custos extras.
3. Segurança e conformidade de dados: Protocolos rigorosos de segurança são necessários para proteger dados confidenciais e garantir conformidade com as regulamentações.
4. Falta de compreensão do ambiente de nuvem: Entender a nuvem antes da migração é crucial para evitar problemas futuros e garantir um uso eficiente de recursos.

Para enfrentar esses desafios, é crucial contar com um planejamento minucioso, com profissionais qualificados e devidamente capacitados e uma sólida compreensão do ambiente de nuvem.

Ao adotar uma abordagem estratégica e atenta, as empresas podem mitigar esses obstáculos e garantir uma migração bem-sucedida, aproveitando todos os benefícios que essa tecnologia oferece.

Como capacitar o time para trabalhar com Cloud

Capacitar o time para trabalhar com a tecnologia de Cloud Computing é essencial para garantir uma migração bem-sucedida e a efetiva adoção dessa abordagem no ambiente corporativo.

Com a complexidade e os desafios que envolvem a migração para a nuvem, é fundamental garantir que a equipe esteja devidamente preparada e possua as habilidades necessárias para lidar com essa transformação digital.

Uma abordagem eficaz para capacitar o time é a implementação de uma trilha de aprendizagem abrangente e focada nas competências necessárias para trabalhar com a tecnologia.

Essa trilha pode incluir cursos e treinamentos que abordam desde conceitos básicos sobre a nuvem até tópicos mais avançados, como migração de dados, gerenciamento de infraestrutura em nuvem e cibersegurança.

A trilha de aprendizagem deve ser personalizada de acordo com as necessidades e nível de conhecimento da equipe, garantindo uma formação sólida e relevante para o contexto da empresa.

Com uma equipe devidamente capacitada, a migração para a nuvem se torna mais fluida e eficiente, e a empresa estará melhor preparada para lidar com os desafios e oportunidades que essa tecnologia traz consigo.

Agora que você já sabe mais sobre migração para Cloud Computing nas empresas, que tal capacitar seu time para trabalhar com essa tecnologia? Fale conosco e conheça os cursos e benefícios da Alura Para Empresas.