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Em março aconteceu uma edição do South by Southwest (SXSW), um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e cultura do mundo.
Este ano, a conferência durou nove dias e teve cerca de duas mil palestras de grandes nomes, como Scott Galloway, Brené Brown e Amy Webb, além de pessoas por trás de marcas como Tinder, ChatGPT, Stanley 1913 e MIT Technology Review.
Os debates são feitos divididos em trilhas temáticas, como indústria da tecnologia, startups, mudança climática e cultura, seguindo assuntos que estão em alta. Este ano, o destaque nas áreas de tecnologia ficaram por conta da inteligência artificial, arquitetura de sistemas e computação quântica.
A equipe Alura Para Empresas marcou presença no evento e reuniu as principais dicas sobre as tendências para o mundo dos negócios!
Aproveite para também assistir nossa masterclass sobre o tema e baixar o compilado produzido por Guilherme Pereira, Diretor de Inovação & Conteúdo e Diretor do MBA da FIAP.
O SXSW é considerado a “Disney da inovação”, e ocorre anualmente na cidade de Austin, no Texas, desde 1987.
Inicialmente, a conferência era mais focada em apresentações musicais – na primeira edição, 177 artistas foram convidados para se apresentar. Em 1993, o festival já tinha crescido consideravelmente, trazendo painéis, sessões e workshops para a programação.
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A partir daí, o SXSW começou a abarcar não só debates sobre arte e cultura, mas também de tecnologia e inovação. O evento já teve palestras de nomes extremamente importantes e influentes, como Barack Obama, Oprah Winfrey e Mark Zuckerberg, e foi palco do lançamento de grandes empresas do mercado, como Twitter, Foursquare, Uber e Airbnb.
Além de ser responsável por ditar várias tendências para o futuro, o festival também é muito importante para a economia de Austin, já que estima-se que ele movimente cerca de U$ 400 milhões em receita para a cidade.
O SXSW se popularizou por ser um evento que une grandes nomes do mercado global em um mesmo local, propiciando o networking e a colaboração de pessoas de diferentes áreas. Em 2024 não foi diferente.
Na área de tecnologia, os principais destaques foram:
Além disso, o evento contou com a presença de vozes influentes do entretenimento, como Elijah Wood, Kirsten Dunst, Sydney Sweeney, Daisy Ridley e o brasileiro Wagner Moura, que debateram sobre mídia e cultura.
Já na área de Direitos Humanos, Equidade e Representação, figuras como Meghan Markle, Jane Fonda e Selena Gomez foram as convidadas.
Os brasileiros também não ficaram de fora da lista: Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein; Daniel Leiptnitz, cofundador da Cidade Inovadora e presidente deliberativo da Acate; Cesar Pereira, líder de sustentabilidade da Embraer; e Bruno Garfinkel, presidente do Conselho da Porto, foram alguns dos nomes presentes.
Com mais de duas mil palestras na programação, o SXSW é um prato cheio de insights e novidades.
Dentre todos os conteúdos, podemos dizer que a inteligência artificial foi a grande protagonista, estando presente em debates sobre saúde, mercado de trabalho, serviços financeiros e meio ambiente.
Separamos este e mais alguns destaques para você ficar por dentro de tudo que rolou.
A inteligência artificial generativa é um tipo de IA capaz de criar textos, conteúdos ou imagens, como o ChatGPT. Assim como a energia elétrica e o motor à vapor, é uma tecnologia de propósito geral – e a chave para a transição que estamos vivendo.
Os palestrantes acreditam que depois da evolução dos chamados LLM (large language models), veremos cada vez mais LAMs: large action models – dispositivos que vão permitir que a inteligência artificial reconheça e aprenda com nossas ações. É o caso, por exemplo, dos Apple Vision Pro.
A IA também está sendo vista como a base para uma série de ferramentas e aplicações do nosso dia a dia, que vão impactar tanto o cotidiano das pessoas quanto os negócios e o meio ambiente. Por isso, ela gera algumas preocupações.
Os painelistas do SXSW trouxeram discussões sobre ética, regulamentação, diversidade e responsabilização, falando sobre a forma de desenvolver plataformas cognitivas e modelos fundamentais de IA.
Também foram apresentados alguns dados que deixam claro a importância da inteligência artificial: estima-se que o ganho geral de produtividade trazido pela IA seja de 17%, sendo que a tecnologia já está reduzindo em 30% o tempo de busca por informações.
De olho nessa tendência, 45% dos CEOs já veem ameaças substanciais à sustentabilidade da empresa caso não incorporem IA e criarem design de organização que se adaptem às transformações atuais do mercado.
Para um futuro viável nessa nova era, precisaremos de novas arquiteturas de sistemas, data houses e comunidades. Isso porque, apesar de um desenvolvimento rápido nos últimos anos, ainda existe uma série de gargalos na criação e distribuição da tecnologia.
Alguns deles são a dificuldade em relação a recursos para desenvolver soluções para startups e novas empresas e a qualidade de dados e garantias de privacidade e segurança.
Os formatos de trabalho atuais não estão alinhados e não são suficientes para o momento de mercado que vivemos. Por isso, adaptabilidade e flexibilidade são essenciais nesse estágio.
Nesse contexto, existe um potencial para aplicar IA em seus processos, seja no uso de deep learning, automação ou réplicas digitais.
Para a futurista Amy Webb, nós estamos vivendo na Era da Transição, com um novo superciclo tecnológico. O superciclo é um período prolongado de expansão da demanda, que eleva os preços das matérias-primas e ativos por conta de mudanças estruturais na economia.
Essa onda de inovação é tão potente que acaba remodelando a estrutura da nossa sociedade. Para trazer uma dimensão da sua importância, o último superciclo tecnológico que vivemos foi o da Revolução Industrial.
Mas, dessa vez, temos três tecnologias interligadas: a IA, a biotecnologia e um ecossistema de dispositivos interligados para pessoas, pets e objetos. Uma reforça a outra, em uma espiral de aceleração.
E, como não poderia deixar de ser em se tratando de ciclos de inovação, quem não se adaptar a essa mudança histórica vai acabar sendo engolido. Por isso, é preciso compreender o novo momento em que estamos vivendo.
O funil de vendas tradicional, por exemplo, está com os dias contados. Na Era da Transição, criar confiança e lealdade com os usuários é imperativo.
Pode parecer coisa de filme, mas a computação quântica está mais próxima do que nunca.
Isso significa que computadores superpoderosos, com uma capacidade enorme de processamento, vão ser capazes de responder diversas questões que ainda não têm respostas.
Foi pontuado o uso dessas máquinas para a engenharia de proteínas e para a aceleração da pesquisa molecular, por exemplo.
Empresas como Google e IBM inclusive já anunciaram roadmaps tecnológicos que mostram enormes avanços até 2029. Projeções de investimento também apontam que o mercado de computação quântica deve atingir U$ 1,5 bilhão em 2026.
Além disso, os palestrantes compartilharam suas percepções sobre a computação espacial. E não se engane: um mundo phygital acreditável, que combina experiências físicas e digitais, está próximo.
Hoje, a realidade aumentada e a computação espacial estão evoluindo mais rápido. A indústria de entretenimento agora se torna menos passiva, atuando em ecossistema e permitindo que o usuário faça parte da criação de novos ativos para as marcas. Ou seja, as pessoas vão ficar mais imersas em hardwares.
Outro tema quente no SXSW foi a cibersegurança. Nunca vivemos tantos ataques cibernéticos, e a IA deve aumentar tanto a complexidade quanto a defesa dessas ameaças.
Nas próximas eleições, por exemplo, já precisamos estar preparados para cibercrimes e desinformação, bem como deepfakes em suas melhores versões.
Também foi levantada a questão do acesso desigual às tecnologias avançadas. Enquanto algumas poucas pessoas terão acesso à capacidade ilimitada de competências e habilidades aumentadas, grande parte ainda estará analógica.
Nos painéis sobre criatividade e inovação, o destaque foi a necessidade de ser mais humano frente à tantas tecnologias cognitivas.
Os palestrantes falaram sobre a diluição da criatividade pela disponibilidade de ferramentas generativas, que acabam massificando e pasteurizando resultados. Por isso, desenvolver habilidades digitais junto com uma capacidade de pensamento crítico é a chave para reduzir impactos negativos.
Outro ponto importante foi a dificuldade de mudança de mindset da liderança, o que pode ser uma grande ameaça à evolução dos negócios. Os "generalistas criativos" são essenciais para que as empresas consigam criar valor. Mas eles só conseguem fazer isso se estabelecerem conexões fortes com o ecossistema já existente da organização.
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