Organizações que confiam nas nossas soluções corporativas
Junte-se a mais de 5000 empresas que já capacitaram seus times com nossas formações.
Quando uma nova pessoa é contratada na sua empresa, já aconteceram situações em que profissionais mais experientes precisaram compartilhar conhecimentos para treiná-la e integrá-la aos processos internos? Esse tipo de abordagem é chamada de treinamento on the job.
Segundo a Zippia, cerca de 70% das habilidades profissionais são adquiridas por meio da experiência prática on the job. Isso destaca a importância de colocar as pessoas colaboradoras em situações de aprendizado reais.
Além de ser uma solução eficiente para acelerar a curva de aprendizado, o on the job promove a colaboração entre equipes, fortalece o senso de pertencimento e valoriza o conhecimento de profissionais mais experientes.
Para entender melhor o que é treinamento on the job, significado, práticas, além de dicas de como melhorar esse processo de treinamento dentro do seu negócio, continue a leitura deste artigo.
O treinamento on the job, tradução: “treinamento no trabalho”, em português, é uma abordagem prática para a capacitação profissional em que pessoas colaboradoras aprendem enquanto realizam suas tarefas cotidianas no local de trabalho.
Assim, em vez de consistir em treinamentos em sala de aula, esse tipo de abordagem coloca o aprendizado diretamente no contexto do trabalho, o que permite que as pessoas adquiram habilidades, conhecimentos e experiência prática ao mesmo tempo, em que contribuem para as operações diárias.
VEJA TAMBÉM:
A principal diferença entre o treinamento tradicional e o treinamento on the job reside na forma como o aprendizado acontece e no ambiente em que ele se desenvolve.
O treinamento tradicional geralmente ocorre em um ambiente formal, como uma sala de aula, com foco na transmissão de conhecimentos teóricos e conceitos gerais. As pessoas participantes aprendem por meio de palestras, apresentações, estudos de caso e atividades em grupo, geralmente ministradas por um instrutor ou instrutora especialista no assunto.
Apesar dessa abordagem oferecer uma base sólida de conhecimento e permitir a interação com outros(as) profissionais, pode se distanciar da aplicação prática no dia a dia do trabalho. Por outro lado, o treinamento on the job coloca o aprendizado diretamente no contexto do trabalho. Ou seja, a pessoa aprende ao fazer, executar suas tarefas e receber orientação de colegas, mentores ou mentoras com mais experiência. Essa imersão prática permite a aplicação imediata do conhecimento, feedback instantâneo e desenvolvimento de habilidades específicas para a função.
Por ser um aprendizado mais prático, como vimos, o treinamento on the job pode trazer muitos benefícios para as empresas e para as pessoas colaboradoras. Confira abaixo, quais são as vantagens principais.
Aprendizagem prática: colaboradores e colaboradoras aprendem habilidades e conhecimentos diretamente aplicáveis às suas funções. Assim, priorizam o que é mais relevante para se aprender desde o início da sua atuação.
Feedback imediato: por ter uma pessoa mentora ao lado, as pessoas podem receber feedback sobre seu desempenho. Isso permite que elas corrijam seus erros e melhorem rapidamente.
Aumento da produtividade: como o ensino é feito na prática, as pessoas que recebem o treinamento on the job, além de estarem aprendendo sobre o cago, também já iniciam sua jornada entregando atividades para as empresas.
Melhora na retenção de talentos: o treinamento on the job demonstra o investimento da organização no desenvolvimento de seus colaboradores e colaboradoras, o que pode aumentar a retenção de talentos.
Leia também: Entenda a importância da gestão de talentos e aprenda a executá-la na sua empresa
Confira as abordagens de ensino mais utilizadas nos treinamentos on the job.
Neste método, uma pessoa mentora ou colega de trabalho ensina por meio de um passo a passo como a outra pessoa deve realizar determinada tarefa. Um bom exemplo desse tipo de treinamento é o trabalho em restaurantes. Para treinar uma pessoa ajudante de cozinha, o(a) chef ensina a preparar um prato específico, demonstrando as técnicas e os ingredientes corretos, além de ir ajustando os erros em tempo real.
Mais comum em ambientes onde é possível realizar a troca de funções entre os membros da equipe durante um determinado período, o método de rotação de tarefas consiste em transferir a responsabilidade de uma função de um(a) profissional para outro(a). Dessa forma, a pessoa que já possui conhecimento na função assume o papel de orientadora.
Como exemplo, podemos citar um(a) profissional de marketing que pode começar atuando no planejamento estratégico, depois passar para mídias sociais e, em seguida, para análise de mercado.
Além de evitar que o trabalho se torne repetitivo, essa é uma excelente maneira de integrar os times e garantir que todas as pessoas tenham conhecimento do processo — o que contribui significativamente para o trabalho em equipe, uma vez que elas passam a compreender melhor as necessidades umas das outras.
Ideal para cargos nos quais a vivência pode fazer total diferença na formação e no desenvolvimento de novas pessoas. Um exemplo claro desse tipo de ensino são as carreiras jurídicas. Um advogado ou advogada experiente pode orientar uma pessoa recém-formada sobre como preparar casos, lidar com clientes, além de dar dicas de como se apresentar em tribunal — conhecimentos que são só adquiridos com os anos de atuação.
Neste método, as pessoas podem aprender um ofício ou habilidade específica por meio de um programa de aprendizagem estruturado, que combina instrução prática no local de trabalho com treinamento teórico em sala de aula.
Por exemplo, uma pessoa estagiária em TI pode participar de cursos online enquanto aplica os conhecimentos adquiridos em suas atividades, sob a supervisão de uma liderança ou colega mais experiente.
Essa abordagem promove a autonomia e a cultura de aprendizagem, além de estimular a busca por inovações, já que a pessoa colaboradora tende a se sentir mais à vontade para compartilhar ideias e apresentar novas soluções com base no que aprendeu.
Leia também: Como incentivar o aprendizado contínuo nas empresas
Um dos métodos mais comuns é a delegação de responsabilidades de forma gradual, à medida que a pessoa colaboradora vai exercendo as funções e adquirindo conhecimento, ou seja, aprendendo uma etapa de cada vez.
No treinamento de liderança, por exemplo, é possível delegar responsabilidades progressivamente, conforme a pessoa se adapta, até que desenvolva as competências necessárias para se tornar um(a) líder de alta performance.
Leia também: Como alcançar a gestão de alta performance?
O treinamento on the job é apropriado para situações em que o aprendizado prático é fundamental para desenvolver habilidades específicas relacionadas ao trabalho. Ele é particularmente eficaz quando há a necessidade de alinhar uma nova pessoa funcionária à cultura da empresa e aos processos internos, pois permite que ela aprenda enquanto contribui diretamente para as operações.
Ou seja, não importa o nicho, mas sim a função e o objetivo da empresa em relação ao cargo. Além dos exemplos que já citamos, esse tipo de treinamento também é bem-visto em indústrias manufatureiras, setor de vendas, Recursos Humanos e na tecnologia.
Em resumo, o treinamento on the job é vantajoso quando a empresa busca aproveitar o conhecimento de profissionais mais experientes para acelerar o desenvolvimento de novos membros da equipe, quando possível.
De acordo com o relatório do Talent LMS, 46% das empresas entrevistadas têm treinamento específico para pessoas recém-formadas que estão entrando no mercado de trabalho — uma porcentagem grande em comparação a outros tipos de treinamentos.
Pensando nisso, agora que você já compreendeu o que é treinamento on the job, significado e benefícios, confira algumas dicas que você pode aplicar na sua organização para ter treinamentos ainda mais eficazes.
É essencial estabelecer o que se espera alcançar com o treinamento on the job antes mesmo de iniciá-lo. Para isso, identifique as habilidades técnicas (Hard Skills), comportamentais (Soft Skills) ou processuais que a nova pessoa colaboradora precisa desenvolver. Isso irá ajudar a garantir que os objetivos sejam específicos, mensuráveis, alcançáveis e com prazo definido (SMART).
Por exemplo, em um setor de atendimento ao cliente, o objetivo pode ser que o funcionário ou funcionária aprenda a utilizar um software de CRM e a lidar com reclamações de maneira eficaz em um período de 30 dias — objetivos bem definidos não apenas guiam o treinamento, mas também permitem avaliar seu sucesso.
As pessoas mentoras ou treinadoras escolhidas para conduzir o treinamento on the job desempenham um papel central no sucesso do programa. Por isso, é fundamental selecionar profissionais que sejam não apenas experientes e tecnicamente competentes, mas também que possuam boas habilidades de comunicação e empatia. Isso porque elas devem saber como transmitir conhecimento de maneira clara e adaptada ao perfil da pessoa que está aprendendo.
Leia também: Treinamentos corporativos online ou presenciais — qual escolher para a sua empresa?
Um aspecto essencial para o treinamento on the job é o feedback contínuo. As pessoas participantes precisam saber o que estão fazendo bem e em quais áreas podem melhorar, para que possam ajustar seu desempenho em tempo real.
Com isso, esse feedback deve ser construtivo e específico, focando nos comportamentos e resultados esperados com clareza. Reuniões one-on-one (1:1) também mostram às novas pessoas colaboradoras que o progresso delas está sendo acompanhado de perto, o que aumenta sua motivação.
Para que o treinamento seja bem-sucedido, as pessoas devem sentir que estão em um ambiente seguro, onde podem fazer perguntas, cometer erros e buscar ajuda sem receio de julgamento. Isso requer uma cultura organizacional que valorize o aprendizado e encoraje a colaboração.
Por último, a avaliação de desempenho do treinamento on the job é fundamental para garantir que ele esteja atingindo seus objetivos. Isso pode ser feito por meio de indicadores de performance (KPIs), como o aumento na produtividade, a redução de erros ou o tempo necessário para que o(a) profissional alcance a competência plena.
Também é importante coletar feedback das pessoas participantes e mentoras para identificar pontos fortes e áreas de melhoria no programa. Por exemplo, uma empresa de tecnologia pode usar uma avaliação prática para medir a capacidade dos novos colaboradores e colaboradoras de resolver problemas com o software da empresa.
Leia também: Deep work — como aumentar a produtividade nas empresas
A seguir, caso você tenha ficado com dúvidas em relação ao treinamento on the job, selecionamos algumas perguntas frequentes para responder. Confira!
A diferença entre ambos está no foco desses treinamentos. O estágio visa, principalmente, proporcionar experiência profissional e aprendizado para estudantes ou pessoas recém-formadas, para completar sua formação acadêmica.
Já o treinamento on the job é voltado para o desenvolvimento de habilidades específicas para um cargo dentro da empresa, com o objetivo de aprimorar o desempenho de determinada pessoa colaboradora em suas funções atuais ou prepará-la para novas responsabilidades.
Leia também: Upskilling e Reskilling — o que é, qual a Diferença entre eles e a Importância para as Empresas
Apesar de ser muito eficaz, o treinamento on the job também apresenta algumas desvantagens em certos tipos de organizações, que mencionaremos abaixo.
Risco de erros: como a pessoa colaboradora está aprendendo na prática, existe a possibilidade de que alguns erros passem despercebidos, o que pode impactar a qualidade do trabalho.
Dependência da mentoria: a qualidade do treinamento depende da habilidade do(a) profissional que for treinar a nova pessoa colaboradora. Por isso, é importante prezar por profissionais T-Shaped e lideranças C-Levels para essa responsabilidade — isso porque essas pessoas terão o que é necessário para fazer um treinamento de alta performance.
Dificuldade de padronização: pode ser desafiador garantir que todas as pessoas colaboradoras recebam o mesmo nível de treinamento e aprendam as mesmas habilidades, pois o processo depende tanto da mentoria quanto do ritmo de aprendizado de cada pessoa.
Tempo: dependendo do cargo e das responsabilidades, o treinamento on the job pode levar mais tempo do que outros tipos de capacitação, já que o aprendizado ocorre durante o trabalho.
Além dos exemplos de abordagens que já apresentamos neste artigo, os líderes do treinamento podem gravar vídeos para que a pessoa colaboradora estude e possa acessar as informações sempre que quiser.
Disponibilizar ferramentas de IA para tirar dúvidas e ter aprendizado rápidos e cursos online para o aprofundamento de determinados assuntos, como de tecnologia, também é uma ótima forma de intensificar o treinamento.
Mas, para isso, é essencial que seja traçada uma estratégia de aprendizado eficaz e que vá ao encontro das prioridades da organização. Se a sua empresa busca um parceiro para desenvolver tanto as pessoas colaboradoras como as lideranças da sua empresa, saiba que o ecossistema Alura Para Empresas oferece soluções completas de aprendizado para o seu negócio.
Entre em contato com nossos especialistas e descubra como podemos te ajudar!
Leia também: Slow work — o que é, como funciona e mais!
Junte-se a mais de 5000 empresas que já capacitaram seus times com nossas formações.